quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Yoga Dance

 
O Yoga Dance é a integração, Yoga e  Dança, duas praticas milenares. Ele alia a
consciência e os princípios do Yoga com a vibração do som e a liberdade da dança. A
prática é focada na mitologia indiana e na visão da dança como um instrumento de
conexão, libertação, cura e expressão da alma. É utilizada uma dinâmica simples de
dança e movimentos inspirados nas posturas de Yoga que promovem uma integração,
libertação e cura em todos os níveis: físico, mental, energético (através da fluidez dos
chakras) e espiritual. Trazer essas duas práticas juntas é maximizar os benefícios que
cada uma oferece isoladamente em uma única prática: o Yoga Dance.
No Yoga Dance todo o movimento se torna sagrado mesmo que ele seja uma sequência
de movimentos inspirados nas posturas de yoga, ou posturas de yoga em si, ou a própria
dança interna que vai se revelando à medida que ganhamos consciência de que devemos
dançar para nós mesmos e não para os outros. Dançar a realidade como ela é, dançar
nossas emoções, nossa luz, nossa sombra, enfim todos os aspectos de nós mesmos e
permitir que ansiedades e medos se transformem em alegria e plenitude (Ananda). Esse é
o nosso estado natural, o Yoga Dance nos ajuda a remover a confusão para que possamos
experimentar alegria, amor, liberdade em todos os aspectos do nosso ser. Com isso
encontramos espontaneidade, nos conectando com nosso potencial criativo e nossa
inerente alegria de viver que muitas vezes ficam adormecidos e esquecidos devido ao
acúmulo de tensões e preocupações que carregamos em nosso corpo, mente e energia.
 
O Yoga Dance assim combina as tradições do Yoga, movimento, respiração, chakras e
uma dança livre e criativa, onde cada um é o seu próprio coreógrafo e o corpo passa a ser
um instrumento da alma onde ela baila livremente e criativamente sem certo e errado,
sem feio ou bonito.
Através dessa abordagem de movimento e dança, você se desperta para uma nova forma
de amar e aceitar o seu corpo e seus movimentos, e assim descobrir a sua graça
permitindo que seu espírito flua em conexão com o seu corpo e mente, experimentando
momentos de pura alegria e plenitude e sentindo-se em casa no seu corpo. Essa então é a
diferença fundamental entre Yoga Dance e simplesmente mover o corpo. Quando apenas
movemos o corpo, usamo-lo somente como um veículo para mover uma outra parte,
então como um instrutor (a) e praticante de yoga Dance questione-se a respeito dos
seguintes pontos:
 

 
- Eu estou em casa no meu corpo?
- Estou consciente do meu corpo e seus movimentos?
- Estou confortável sendo eu mesmo neste momento?
- Minha mente está presente com o meu corpo?
 
 
 
 
 
A prática de Yoga Dance é também um convite à exploração dos sete chakras (centros de
energia). Em cada música experienciamos um chakra diferente, expandindo-os e
removendo qualquer zona de conflito ou tensão que possa estar nos impedindo de
experimentar pura alegria e liberdade em nossas vidas. Dessa forma, a energia flui
livremente pelo corpo e mente.
A aula começa com os primeiros chakras e músicas mais calmas, possibilitando uma
maneira gradual e consciente de entrar na prática. À medida que passamos para os outros
chakras, a energia aumenta e o ritmo das músicas também. São usadas batidas mais
dançantes, o que permite trabalharmos fisicamente, energeticamente e mentalmente com
mais movimento e expressão. Na última etapa da aula partimos para os chakras
superiores e é aí onde nos sintonizamos com o nosso “eu” interior, os ritmos são mais
calmos possibilitando a consciência de si mesmo. Assim a prática se transforma em uma
meditação em movimento. Toda a prática é uma viagem de auto-expressão,
autolibertação, auto-exploração e autocriação, onde temos a oportunidade de criar nossos
próprios movimentos, e nos deixar levar pelo fluir e o mover de cada momento de forma
livre e natural. Tudo isso acompanhado dos ritmos de todo o mundo incluindo ritmos
Indianos, Árabes, Brasileiros, Africanos, Latinos, Trance, e muitos outros elementos da world music.

Assim, o Yoga Dance vai além do físico e inclui a todos. Não é preciso ser um dançarino
ou um yogi para se beneficiar desta prática. Assim como todos nós somos iluminados
com alegria, logo todos podemos praticar Yoga Dance.



Como podemos perceber, o Yoga Dance não se concentra apenas na parte física. O Yoga

e a Dança oferecem uma forma de cultivar a autoconsciência e exploração em todos os

momentos. Com uma abrangência holística, o Yoga Dance integra os aspectos físicos,

emocionais, artísticos e espirituais do seu ser se tornando um veículo de cura, bem estar,

meditação em movimento, prece, celebração e claro, diversão.

 


 O Convite por Oriah
 
 
 

Não me interessaria qual a sua ocupação. Eu quero saber qual a sua dor, e se você se
atreveria a sonhar em satisfazer os anseios do seu coração.
Não me interessaria qual a sua idade. Eu quero saber se você se arriscaria parecer um
tolo por amor, pelos seus sonhos, pela aventura de estar vivo.
Não me interessaria que planetas estão em conjunção com sua lua. Eu quero saber se
você tocou o centro de seu próprio sofrimento, se você se abriu pelas traições da vida ou
se fechou por temor de mais dor.
Eu quero saber se você pode conviver com a dor, minha ou a sua, sem mover-se para
escondê-la, disfarçá-la ou resolvê-la.
Eu quero saber se você pode permanecer em estado de alegria, minha ou sua, se você
pode dançar loucamente e deixar o êxtase preenchê-lo desde as pontas dos dedos sem
advertir-nos para termos cautela, sermos realistas e lembrarmos-nos das limitações do ser
humano.
Não me interessaria se a história que você está me contando é verdade. Eu quero saber se
você pode desapontar o outro para ser verdadeiro consigo mesmo. Se você pode suportar
a acusação de traição e não trair sua própria alma.
Eu quero saber se você pode enxergar a beleza mesmo quando ela não é bela todos os
dias, e se você possa nutrir a sua própria vida a partir dela.
 
Eu quero saber se você pode viver com o fracasso, seu ou meu, e ainda estar de pé a beira
do lago e gritar com entusiasmo saudando o reflexo da lua cheia.
Não me interessaria saber onde você mora ou quanto dinheiro você tem. Eu quero saber
se você pode levantar-se, depois de uma noite de luto e desespero, cansado e ferido até os
ossos e fazer o que precisa ser feito para alimentar as crianças.
Não me interessaria quem você conhece ou como você chegou até aqui. Eu quero saber
se você vai permanecer no centro do fogo comigo sem recuar.
Não me interessaria onde, o quê ou com quem você estudou. Eu quero saber o que o
sustenta interiormente quando todo o resto desmorona.
Eu quero saber se você é capaz de estar sozinho consigo mesmo e se você realmente
 
gosta da sua própria companhia nos momentos de vazio.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Arte de "GERAR" Dançando!


 




É muito importante continuar a se exercitar durante a gravidez. Embora ainda não seja tão experiente com a arte de gerar alguém dentro de mim, creio que música e exercício são bons para um corpo... Dois então, melhor ainda!
Musicoterapeuticamente falando, produz-se depois do nascimento o imprinting (termo utilizado na psicologia para descrever todo tipo de fase sensitiva). Já o ISO – Identidade Sonoro Musical- do bebê começa a formar-se desde o início da fecundação, sendo um processo dinâmico e complexo, passando a ser atributo do ser humano.
Para compreendermos o princípio de ISO, partimos como hipótese de que o espermatozóide e o óvulo quando se unem formam o embrião que se aninha no útero materno, já aí, possui nesse momento todo o mosaico genético herdado por esse indivíduo em gestação. O embrião vai tendo contato com as pulsações do batimento cardíaco e inumeráveis sensações vibratórias de movimento e de fenômenos acústicos que irão se agregando durante toda a história gestacional desse ovo-feto-indivíduo.
A força da gravidade começa a se fazer sentir como padrão de medida do resto dos outros movimentos. Esses fenômenos serão percebidos como vitais e essenciais para a o prosseguimento da vida.  O feto à medida que se desenvolve, vai adquirindo sensação vital do batimento cardíaco, desse pulsar rítmico que faz fluir o sangue em todo o seu corpo e cuja diminuição acarreta a sensação de falta de oxigenação, de nutrição, de temperatura e de vida.
Existem três características formadas intra-uterinamente, onde o sistema auditivo propriamente dito não entraria em consideração, em compensação seriam percebidos perfeitamente por sistemas vibratórios, de movimento e de gravidade.
Mediante uma análise espectrográfica pesquisada por Golias e Joos, os elementos comuns dos sons que atraíam os pintinhos (aves) foram caracterizados por: 1) repetição e segmentação, 2) a brevidade das notas componentes e 3) a presença de freqüências relativamente baixas. As características desses mesmos sons coincidem com as estruturas rítmicas do fluxo sanguíneo, do batimento cardíaco, do pulso e da sua propagação através do líquido amniótico.
Ao contrário dos animais, o homem realiza durante os nove meses de gestação um processo histórico que estrutura gradativamente o ISO gestáltico – próprio e único desse indivíduo e não de outro – que é próprio do processo com a mãe que o está gerando. Uma história vincular que definitivamente imprimirá suas marcas por todo o resto dos processos vinculares posteriores ao nascimento.
Salk L; no seu artigo “Mothers Hearbeat as na Imprinting Stimulus” disse: “No bebê, no útero, há imprinting auditivo do batimento cardíaco da mãe”.
A comprovação concreta de Salk foi que as crianças recém-nascidas, expostas durante 4 dias à um ruído semelhante ao batimento cardíaco, choravam menos e aumentavam mais de peso do que as crianças sob controle que não viveram essa experiência. Observou-se que as crianças com mais idade, quando escutavam o som de setenta e poucos batimentos contados por minuto, adormeciam melhor do que se ouvissem outros sons.
Considerando que a música e a dança são resultados do imprinting, e que o homem as cria e as vive no seu esforço por permanecer próximos a esses estímulos, assim ambas seriam tentativas humanas inconscientes de reviver experiências sensoriais semelhantes às que foram recebidas durante a vida pré natal.
Podemos concluir que uma das bases que integram o princípio de ISO pode ser definida da seguinte maneira: as relações do contexto não verbal e o homem devem ser buscados nas estruturas vinculadas entre mãe e o seu feto (intra-uterino); posteriormente as expressões não verbais, como a música, a dança, gestos são a necessidade de evocar e reviver os vínculos maternos fetais, maternos infantis e com a natureza, como desdobramento dos mesmos.
Aqui estou dando ênfase ao ballet, porém fica explícito que qualquer tipo de dança ou esporte são muito válidos à saúde da mãe e do bebê.
Como em qualquer atividade física, é preciso tomar alguns cuidados no ballet. E, claro, sempre ter o aval do médico para continuar se exercitando.
Mediante a abundante e maravilhosa natureza de produção hormonal durante a gravidez, é importante manter o cuidado durante as atividades devido a um hormônio chamado relaxina, que ajuda na expansão do útero, também afrouxa os tendões, ligamentos e tecido conjuntivo, incluindo o tecido que liga seus ossos pélvicos. Isso os torna mais suscetíveis a lesões. Por isso, nada de exagerar no grand écart ou no grand battement.
Além disso, no fim do segundo trimestre da gravidez, a barriga começa a atrapalhar. Na verdade, desde o começo o corpo muda, os seios incham e o equilíbrio acaba ficando comprometido. Não tenha medo de usar a barra mais do que o habitual.
Irina Dvorovenko, primeira-bailarina do American Ballet Theater, ficou grávida durante as semanas finais da temporada do Metropolitan Opera House, em que ela e o marido estavam dançando Romeu e Julieta. Alguns trechos traduzidos livremente da revista Dancer:
"Minha primeira preocupação foi, se seria capaz de dançar um Lago do Cisne com 8 semanas de gravidez? Meu médico disse: Ouça o seu corpo. Se você sentir dor ou sangramento iniciar, pare imediatamente."
Três dias depois do parto, Dvorovenko retornou ao estúdio de dança para alguns exercícios mais delicados e no chão. "Foi muito bom sentir os músculos na posição a que eles estão acostumados", disse ela.
Dicas:
·     Se não está acostumada, evite saltos e pegadas mais perigosas.

·     Os exercícios no solo e na barra não são contra indicados.

·     Tome cuidado com os alongamentos, para que não ultrapassem uma área de conforto, com as repetições para que não fadiguem a musculatura, com as mudanças bruscas de direções e giros, pois suas articulações estão mais frouxas.
   ·    A quantidade de sangue na circulação aumenta 50%, então a quantidade que o coração precisa bombear a cada batida aumenta em cerca de 40% – afirma o obstetra Patrick O'Brien, do University College Hospital, em Londres, e porta-voz da Royal College de Obstetrícia e Ginecologia. – Algumas pessoas defendem a teoria de que esse esforço extra do coração durante a gravidez pode seguir ajudando as mulheres no futuro. Mas se você acompanhar as mulheres após o parto, a maioria desses efeitos costuma voltar ao normal entre seis e oito semanas, e todos eles se normalizam completamente em até seis meses.

    "Que seja perdido o único dia em que não se dançou"
    Nietzsche

domingo, 13 de maio de 2012

Mania de Explicação



Era uma menina que gostava de inventar uma explicação para cada coisa. 



Explicação é uma frase que se acha mais importante do que a palavra. 

As pessoas até se irritavam, irritação é um alarme de carro que dispara bem no meio de seu peito, com aquela menina explicando o tempo todo o que a população inteira já sabia. Quando ela se dava conta, todo mundo tinha ido embora. Então ela ficava lá, explicando, sozinha. 
Solidão é uma ilha com saudade de barco. 
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança pra acontecer de novo e não consegue. 
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo. 
Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer “eu deixo” é pouco. 
Pouco é menos da metade. 
Muito é quando os dedos da mão não são suficientes. 
Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça. 
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego. 
Agonia é quando o maestro de você se perde completamente. Preocupação é uma cola que não deixa o que não aconteceu ainda sair de seu pensamento. 
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer mas acha que devia querer outra coisa. 
Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára. 
Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido. 
Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme que pode ser que nem exista. 
Renúncia é um não que não queria ser ele. 
Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe. 
Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente. Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora. 
Orgulho é uma guarita entre você e o da frente. 
Ansiedade é quando faltam cinco minutos sempre para o que quer que seja. 
Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada especialmente. 
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento. 
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado. 
Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes. 
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração. 
Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é fevereiro. 
Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma. 
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros. 
Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho. 
Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia. 
Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia. 
Perdão é quando o Natal acontece em maio, por exemplo. 
Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo. 
Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa. 
Desatino é um desataque de prudência. 
Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo. 
Lucidez é um acesso de loucura ao contrário. 
Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato. 
Emoção é um tango que ainda não foi feito. 
Ainda é quando a vontade está no meio do caminho. 
Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele. 
Desejo é uma boca com sede. 
Paixão é quando apesar da placa “perigo” o desejo vai e entra. 
Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero… Também não. É um desadoro… Uma batelada? Um enxame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego? Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor ela não sabia explicar, a menina.”